Rita Redshoes

Rita Redshoes revela hoje LADO BOM, o seu álbum mais pessoal de sempre e o primeiro totalmente escrito em português

24 . 09 . 2021
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LADO BOM já se encontra disponível em todas as plataformas digitais

 

Rita Redshoes edita hoje Lado Bom, o seu quinto álbum de originais e o primeiro que compôs na íntegra em português, num registo que assume como o mais pessoal de sempre. De Lado Bom já conhecíamos três temas: os singles “O Amor Não É Razão”, revelado no final de 2019; “Contigo É Pra Perder”, com a participação especial de Camané e um vídeo gravado em 2020, cada um na sua casa, já durante o primeiro confinamento; e o mais recente “Rosa Flor", a canção que dedica à sua filha Rosa e que tem a generosidade de partilhar com todos nós. A partir de hoje já podemos encontrar Lado Bom por inteiro nas lojas físicas e digitais. Por se tratar de um disco que abre as portas de casa da compositora, letrista, cantora e multi-instrumentista Rita Redshoes, é fundamental ler o que a própria tem a dizer sobre a sua mais recente obra e o que os seus amigos escreveram sobre as músicas que lhes deu a ouvir em primeira mão:

«O “Lado Bom” é um sobrevivente (escrito e gravado entre 2018 e 2019) e o disco mais pessoal da minha carreira, no qual relato, na primeira pessoa, uma das maiores transformações da vida.

À boleia da maternidade, exploro emoções desconhecidas, exponho dúvidas, muitos medos, certezas e incertezas, antigas e novas, que me permitem uma leitura diferente da vida e da minha existência.

São questões como o papel da mulher na sociedade, agora enquanto mãe, a qualidade dos afectos recebidos e a capacidade de os partilhar, a individualidade, o tempo ou a fragilidade presente na impossibilidade de controlar e proteger o que está fora de nós que definem a pulsação desta história.

Umas vezes quebrada, muitas vezes inteira, eis-me (re)nascida como mãe e pessoa.»

Rita Redshoes Sobre o álbum “Lado Bom”

 

O lado bom é aprender a contar histórias sem a luz acesa. Um caminho livre aos poetas lúcidos. Uma porta aberta até ao colo da nossa mãe. O tom certo na talha da casa. Uma música de nobreza rara, carregada de vida.

Ana Lacerda sobre a música “Lado B”

 

Um dia li algures esta frase que embateu em mim que nem uma flecha “o medo come a alma”. Já foi há muitos anos e sempre que ele me aparece à frente disfarçado de obstáculo penso : o que poderá ser pior do que não conseguir conquistar o que me proponho? E a resposta é óbvia: não ter tentado. Só podemos conhecer a vida quando somos nós a passar por ela, quando nós, através das nossas ações, decidimos que não será a vida a passar por nós.  

Há quem muito fale e nada faça. 

Os olhares dos outros só nos devem acrescentar, não nos podem nunca limitar . 

Nós somos o caminho. 

Nós não somos o destino.

Catarina Furtado sobre a música “O Amor Não é Razão”

 

Numa canção dos Smiths, «Girl Afraid», a rapariga do título pergunta-se: «Qual serão as intenções dele? Terá ele algumas intenções?». Em «Distância», a rapariga a que Rita Redshoes dá voz antecipa ou revive obstáculos, equívocos, erros (tal como a jovem retratada por Morrissey: «I’ll never make that mistake again», garante, sem que acreditemos nisso). A verdade é que ninguém está à distância de si mesmo, e a distância a que estamos dos outros obedece talvez a um princípio de cortesia («peço licença para me aproximar»). Apropriadamente, a canção hesita entre a cautela do afastamento, uma certa elegância minimalista e um desejo de felicidade ou de catástrofe («é urgente cair»). E, como no tema dos Smiths, do outro lado da «girl afraid» há decerto um «boy afraid» que confessa «prudence never pays», a prudência não compensa. Pois não.

Pedro Mexia sobre a música “Distância”

 

Gertrud Stein, num verso célebre, encontrou a essência da rosa recusando-lhe adjectivos. “Uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa”. Não é preciso mais nada. Tudo o que há a dizer sobre uma rosa está contido neste verso. A rosa de Stein é a flor de jardim, com r minúsculo. A Rosa da Rita Rosa, com R maiúsculo, floresceu a partir dela. Como no verso de Gertrud Stein, está tudo em potência na Rosa da canção. Cabem nela todas as possibilidades a que chamamos futuro. Uma canção assim é uma canção é uma canção é uma canção.

Carlos Vaz Marques sobre a música “Rosa Flor”

 

A noite traz o medo de ficarmos a sós connosco: aquele momento assustador entre o embalo do sono e o estremecimento de nos deixamos ir para o vazio, que é sinónimo do nada a que associamos a morte.

Primeiro vem a guitarra com pezinhos de lã, assinalando o caminho, dizendo que é seguro. A voz de veludo de Rita Redshoes embala-nos e prepara o limbo entre o acordado e o a dormir, até que a doce explosão do refrão nos afirma que é seguro deixarmo-nos ir. Mas os nossos monstros de estimação vão-se desenhando entre as sombras das notas e acordes levemente dissonantes dos versos e a cabeça incapaz de parar o pensamento mostra-se no ostinato das teclas.

É uma luta difícil que precisa de apoio, dos “abraços” e dos “braços de quem [nos] quer bem”. O Amor sempre se sobreporá ao medo, é a certeza que a canção nos dá.

"Sono" é uma peça de joalharia pop, criada pela Rita, em conjunto com Bruno Santos e Left, com quem divide a autoria e burilada pelas mãos de Mikkel Solnado e Left, na produção, que além de nos entregarem uma canção de refrão forte e orelhudo, não têm medo de lhe acrescentar os elementos que lhe dão distinção e que respeitam o sentido da letra.

No final, a guitarra de Bruno Santos move-se entre aquilo que os sonhos trazem ao sono e prova que não há razão para medos, pelo contrário: o sono não é o nada, ele traz mundos novos e cheios. Até nos leva a dançar, afiança-nos a Rita. E nós acreditamos, porque a ouvimos mais segura do que nunca no domínio da sua arte. E porque “Sono” é um sonho de canção.

Ana Bacalhau sobre a música “Sono”

 

Pode acontecer que cantemos porque estamos felizes, mas é também provável, e mais belo, que sejamos felizes porque cantamos. Um gesto que muda o humor é tão ou mais comum do que o humor que provoca o gesto. Kurt Vonnegut dizia que uma possível missão da arte e dos artistas seria fazer com que as pessoas apreciassem o facto de estarem vivas. No caso do tema Vai tristeza, resulta duplamente: porque quando cantamos ou trauteamos uma música (ou simplesmente a escutamos), isso leva-nos a apreciar a vida; e porque o próprio conteúdo desta música, em particular a letra, nos conduz a esse estado de alma. Vai tristeza, não sou casa para morar.

Afonso Cruz sobre a música “Vai Tristeza”

 

A revolução também se faz com vozes doces e sapatos vermelhos. E ela começa ao colocarmos o coração no sítio certo. No lugar do amor próprio, da empatia, do questionamento das convenções e reconhecimento das incoerências.

Ouço neste “Amor Intermitente” um resgate ao amor incondicional, um encarar dos vários contornos desse sentimento, que de romântico tem os filmes. Uma canção de amor e de combate, onde se podem intuir reflectidas todas as histórias de todos os géneros de amor e desamor.

Cláudia Semedo sobre a música “Amor Intermitente”

 

Falámos no meu podcast sobre esta canção, sobre o que a originou. É engraçado porque eu já a tinha ouvido antes e talvez por ser um dueto a tenha desde logo entendido como uma canção de amor, o que não deixa de ser, mas um amor romântico.  É tão bom quando uma canção se adapta a quem a ouve e preenche o espaço que essa pessoa deseja ver preenchido.

Este dueto é muito bonito. O arranjo e a divisão da letra fazem-me visualizar uma dança da Rita com o Camané. Ela dá dois passos, ele um. Ele dá dois passos, ela um. E vamos sendo embalados nesta dança como se de três se fizesse um par.

Luísa Sobral sobre a música “Contigo é Pra Perder”

 

Há canções que parecem servir para nos lembrar do que andamos aqui a fazer. Ego no Lugar é uma delas. Chega com pézinhos de lã e quando damos por nós já vamos a galope, a sentir o vento na cara. É uma canção para ir, que nos remete à nossa significância, sempre que as insignificâncias ou o orgulho comecem a ocupar demasiado espaço. Sem contra-indicação, como diz a Rita, e altamente indicada – acrescento eu - para casos de indecisão, insegurança e desarrumação interior. A administração deste bálsamo deve ser feita com asfalto pela frente, janelas abertas, e deixar actuar. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, é voltar ao início. Não me parece haver risco de sobredosagem.

Inês Lopes Gonçalves sobre a música “Ego no Lugar”

 

Uma comovente canção sobre a força inédita, ao mesmo tempo protegida por uma camada de fragilidade que também não se conhece antes, que vem da energia de uma pessoa ser, de repente, mais do que foi até então, só um eu . O conhecer-se a si mesma, agora, enfim. Como se a própria pessoa não tivesse consciência de tudo o que podia ser, sentir a vida, antes de. Esta canção envolve-nos, como a placenta um bebé, protetora e cheia de promessas boas para o futuro que há de ser. É uma canção em que se adivinha choro de bebé, mas também o afago que sossega. Uma canção que tem em si, a contemplação de um sono descansado. Tem o mais sereno e inabalável dos amores. É corpo e alma, como mais nenhuma, porque não tem só notas de música, tem silêncios com um rumor dentro. Um rumor que sabemos que está lá sempre, como água que corre ao fundo mesmo para lá do que o nosso olhar alcança. Como uma promessa. De futuro, como não sabíamos que havia. Até ao profundo mergulho de que a música nos fala.

Pedro Ribeiro sobre a música “Canto de Sereia”

 

Uma canção de embalar sem idade.

Um hino ao amor incondicional que nasce a partir do dia em que outros olhos nos seguem e se torna irreversível esse caminho.

Esta Canção Canora também nos podia ser sussurrada por uma sereia saída de um livro de histórias: "Era uma vez a Rita e este aconchego feito música". 

Inês Menezes sobre a música “Canção Canora”

 

 

Com cinco discos editados, "Golden Era" (2008), "Lights & Darks" (2010), “Life is a Second of Love” (2014), “Her” (2016) e “Lado Bom (2021), Rita Redshoes estreou-se a solo em 2008 nos Atomic Bees e, enquanto autora e intérprete, tem somado colaborações com David Fonseca, The Legendary Tigerman, Noiserv, GNR ou Fernando Tordo. Tem ainda colaborado em inúmeras bandas sonoras premiadas para teatro e cinema, tendo, inclusivamente, discos editados nesta área.

 

Rita Redshoes - Rosa Flor
Rita Redshoes - Contigo é Pra Perder (com Camané)

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